A cirurgia ortognatica é um tratamento ortodôntico e cirúrgico que visa a correção das deformidades maxilares, mandibulares, e más oclusões dentárias.
Este procedimento é realizado previamente com a instalação do aparelho ortodôntico para o preparo cirúrgico. O aparelho ortodôntico faz a movimentação e o tratamento dentário, em situações onde à má oclusão é de origem esquelética, o aparelho não trará o resultado esperado, necessitando da intervenção cirúrgica para correção dos ossos maxilares.
A cirurgia ortognática é recomendada para pessoas que apresentem disfunções na face e outros casos como: queixo pequeno, queixo grande, mordida cruzada, apneia do sono relacionada à posição mandibular, má oclusão significativa.
A cirurgia é realizada por uma equipe de cirurgiões buco-maxilo-faciais, sob anestesia geral, ou seja, em ambiente hospitalar. O procedimento é realizado intrabucal (dentro da boca), com pontos reabsorvíveis.
Na cirurgia há osteotomias, que são cortes ósseos, para o posicionamento correto dos maxilares e para a fixação desse tecido em uma nova posição é necessário a utilização de placas e parafusos de titânio, pois elas estabilizam os ossos reposicionados, promovendo uma cicatrização adequada, permitindo a neoformação óssea.
Esses dispositivos de fixação proporcionam estabilidade imediata, permitindo que os pacientes retomem a função mastigatória e iniciem o processo de cicatrização com mais conforto.
Caso as placas e parafusos não estiverem causando desconforto ou complicações, não há necessidade de removê-las. Porém, em outros casos, a retirada pode ser recomendada em situações específicas, como, inflamação na região das placas, palpabilidade, exposição do material, sensibilidade térmica, ou pelo próprio querer do paciente. Nessas situações, após 6 meses de cirurgia ortognática, é possível a remoção das placas e parafusos sem prejuízos ao resultado da cirurgia, pois já houve a cicatrização dos tecidos ósseos.